terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

CASO JOÃO RÉGIS

Difícil missão. Jornalismo é minha paixão, sacerdócio exercido com abnegação e prazer em medidas iguais. Procuro fazer um trabalho correto, procuro. Quero sempre exercer minha nobre profissão fazendo jus a tal condição. Mas confesso que é difícil demais manter alguns princípios do mister em algumas situações.

Sou amigo de alguns familiares do advogado João Régis Cortês de Lima. Amigo-irmão de um deles. Estive, por dever de parceiro de alegrias e dores, cachaça e fel, diante da terrível cena do crime. Desarmado de papel, bloco ou máquina fotográfica. E por Deus como pedi para não ter que escrever aquela matéria. Vi o choro de todos naquela noite. Senti as lágrimas de muitos, do meu amigo em especial, a quem não cansava de oferecer um abraço, como se o sinal de amizade pudesse livrá-lo da terrível dor.

Por um desses acasos quaisquer, na segunda-feira, a pauta caiu no meu colo. Acreditem, não foi fácil. Falar de um crime que vitimara tão formidável pessoa, e por tabela, tão queridos amigos meus foi uma missão com a qual aprendi muito. Ter que buscar frieza e equilíbrio para contar o fato sem exageros, sem omissões, na medida da sobriedade, foi uma tarefa de complicada resolução. Talvez tenha conseguido, mas devo confessar a forte tentação de encher de elogios o advogado João Régis, asism como meus amigos que ele deixou.

Forte tentação também a de adjetivar com todas as maldições da natureza os responsáveis pelo crime. Como aqui eu posso fazê-lo, peço licença aos leitores para desejar que todos queimem no fogo das profundezas do inferno. O dobro de todo o sofrimento possível para os que calcularam e executaram tão covarde ato. Mas que, antes que os demônios consumam suas almas, desejo que a justiça dos homens os puna a rigor, de forma jamais vista.

Que Deus ilumine as cabeças dos homens que investigam a morte de João Régis. Um homem que por toda a sua vida teve como missão dar educação irretorquível aos filhos, e ensinar aos que estão sobre a Terra que é possível ser uma pessoa pacata, serena, disposto a servir. Que é possível sermos um Brasil mais igual. Acompanharei como homem de imprensa os desdobramentos dos fatos. E rezarei como amigo da família pela queda dos assassinos.

FIM DE FÉRIAS

Pois é, macacada... Férias de baiano é isso aí, não sei quantos meses e ainda achando pouco. É bom levar em conta que nos ofícios que me sustentam continuei na ativa. O importante é que este espaço aqui é meu, e aqui posso trabalhar quando quiser. Fato é que me deu vontade de postar novamente e estamos aí. Aproveitem, curtam ou metam o pau, se for o caso. Beijos.